Formar homens e mulheres para os outros, segundo Pedro Arrupe, é formar homens e mulheres capazes de participar, viver e ser felizes no mundo de hoje, comprometidos na construção de um mundo melhor para todos.
O presente desafia cada um a participar e envolver-se na construção de um projeto plural capaz de responder aos desafios trazidos pelo dia-a-dia. Este projeto, em constante construção, exige competência - valoriza conhecimento e capacidades, mas também atitudes e referências.
É neste sentido e inspirados pelo exemplo de Pedro Arrupe, promotor da justiça social e da dignidade humana, que se organiza o plano de Formação Humana.
A Formação Humana não se fecha num projeto, é antes um plano que cruza diferentes áreas, disciplinares e não disciplinares, oportunidades de desenvolvimento que apoiem o desenvolvimento integral (físico, cognitivo, afetivo, social e transcendente) dos nossos alunos.
Esta missão exige uma estreita colaboração entre a equipa de coordenação da FH, as equipas de professores, educadores e técnicos do CPA, em estreita colaboração com a família e a comunidade. Nesse sentido, cabe-nos educar para aprender a ser e aprender a agir.
Na visão de Santo Inácio de Loyola, ser-se humano é uma resposta ao amor de Deus. E essa resposta (que cada pessoa dá em liberdade) transforma-se em ação, no dia-a-dia, na relação de cada um consigo, com os outros e no compromisso com o mundo que é chamado a construir.
Desta forma, cada um é chamado a descobrir as suas capacidades, refletir sobre elas e pô-las em prática na comunidade, para que cada pessoa seja cada vez mais ela própria realizando o seu pleno potencial.
Assim, cabe-nos apoiar os nossos alunos para que sejam capazes de:
Por isso, é fundamental criar oportunidades para que todos descubram e pratiquem o "Ser a Servir".
No Colégio Pedro Arrupe, o plano da Formação Humana, concretiza oportunidades de desenvolvimento de competências pessoais e sociais no currículo dos alunos do Jardim de Infância ao Secundário, respondendo aos desafios e necessidades de cada grupo e fase de desenvolvimento, de forma a:
De acordo com o Paradigma Pedagógico Inaciano (PPI), aprender é o modo de experimentar, refletir e agir acerca da verdade. É um processo que respeita a liberdade e características do aluno, a sua realidade concreta e privilegia a sua motivação e envolvimento.
O desafio da Formação Humana é, ao longo da escolaridade, de forma progressiva e de acordo com as características e necessidades dos alunos, facilitar experiências concretas que possam promover aprendizagens significativas através da reflexão e da ação. Isto é, atitudes e comportamentos de "ser com e para os outros".
Para isso, apostamos em contextos de educação não-formal, com recurso a metodologias ativas e dinâmicas de grupo, onde o grupo assume um papel preponderante na aprendizagem.
O grupo tem um papel fundamental no desenvolvimento dos alunos. As interações entre os pares influenciam diretamente a forma como os jovens se veem, a sua relação com a escola e os comportamentos que adotam. Por isso, o grupo é um contexto pedagógico privilegiado para promover competências pessoais e sociais. Um grupo não é apenas a soma dos seus membros – desenvolve-se de forma natural, criando uma identidade própria.
O professor tem um papel importante nesse processo, não para impor, mas para apoiar a construção de uma cultura positiva, que estimule o crescimento pessoal e social de cada aluno.
Quando bem orientado, o grupo torna-se um espaço onde todos se sentem valorizados e respeitados, ao mesmo tempo que se desenvolve a capacidade de alcançar objetivos em conjunto, resolver problemas e tomar decisões. Trabalhar em grupo é uma oportunidade de aprender a partilhar, a confiar e a colaborar, formando laços que vão muito além da sala de aula.
Aos educadores é pedido que animem (deem alma) a estas oportunidades que desafiam e ajudam os alunos a crescer em liberdade e responsabilidade, e que pela forma como participam e se relacionam sejam um exemplo coerente entre aquilo que dizem, fazem e vivem.
Em cada faixa etária e ao longo da escolaridade, a FH acompanha o crescimento dos alunos e apoia a promoção de atitudes, capacidades e conhecimentos (competências), necessárias à relação que cada pessoa é chamada a construir consigo mesma, com os outros e com o mundo. Em cada patamar de desenvolvimento, concretiza-se de formas diferenciadas.
“Xavier e os Direitos das Crianças”
Num ciclo que se desenvolve num itinerário de 3 anos, os alunos são convidados a:
Desta forma, todos os anos os alunos são desafiados pelo Xavier e os seus amigos a desenvolver de diversas maneiras as suas competências sociais e emocionais.
“Aventuras no Mar”
O aluno é a personagem principal destas aventuras, mas conta com a Tartaruga e o Matias, que o desafiam a viver um conjunto de aventuras que o levará a olhar para si, para os outros e para o mundo à sua volta, para refletir e explorar aprendizagens do dia-a-dia.
O projeto assenta numa metodologia de “reflexão-ação” que explora atividades do dia-a-dia dos alunos e os leva a refletir, para depois as incorporar no quotidinao escolar.
No 1ºano, os alunos são desafiados a entrar nas “Aventuras em Alto Mar”, cuidando dos desafios da entrada no 1º ciclo e da criação de um grupo saudável que lhes permita crescer bem. No 2ºano, mais crescidos, mergulham nas “Aventuras no Fundo do Mar” conhecendo-se melhor e reconhecendo que o seu grupo como espaço seguro e amigo.
A “Aventura na Cidade” é um jogo da família dos jogos de personagem em que cada jogador é ele mesmo, influenciando a história com as suas decisões, ideias e formas de estar. É também uma experiência de grupo porque cada jogador faz parte de uma equipa.
É um projeto orientado para a promoção de competências pessoais e sociais, uma espécie de laboratório onde cada aluno, de forma lúdica, terá oportunidade de se confrontar com situações ou desafios novos e diversificados – no 3º ano em torno das “Invenções para melhorar o mundo” e no 4º ano descobrindo “O “Essencial que é invisível aos olhos”.
Ser bem-sucedido vai depender de cada equipa e do contributo de cada um.
Ao longo do 2º e 3º ciclo, as oportunidades de FH acompanham o dia-a-dia dos alunos desde a presença nos Detonadores aos Produtos Finais, e de modo particular nas Atividades de ano.
A par destas, surgem oportunidades que acompanham o crescimento dos alunos – os Laboratórios de Justiça, em torno da Justiça Social, os recursos dedicados à comunicação, da escuta ativa à expressão da sua voz e opinião, à ecologia integral e à democracia, apoiando o melhor conhecimento de si, dos outros e do mundo à sua volta.
Para o 9ºano, em estreita colaboração com a equipa de psicólogas do CAA, a FH propõe o Programa de Desenvolvimento Vocacional.
É uma oportunidade de ouro para explorar as dinâmicas associadas à tomada de decisão e resolução de problemas em chave de discernimento, e que aponta para a decisão a tomar no final do ano sobre o percurso a seguir no secundário.
Ao longo do secundário, os alunos são chamados a comprometer-se com o mundo, descobrindo a sua voz, através dos debates ou da marca que querem deixar no mundo com o seu projeto pessoal.
Os projetos de FH, em torno do “Bem-Comum” procuram: