Educação da Interioridade

PORQUÊ A
A EDUCAÇÃO DA INTERIORIDADE
É missão da escola educar a pessoa do aluno como um todo, para que ele aprenda a ser e se torne uma pessoa inteira. Se o conceito de educação da interioridade é relativamente recente, o paradigma em que assenta vem do séc. XX: “À educação cabe fornecer, de algum modo, os mapas de um mundo complexo e constantemente agitado e, ao mesmo tempo, a bússola que permita navegar através dele.”
 
Por isso propomos oportunidades de crescimento, articuladas com o desenvolvimento de competências transversais e integradas no currículo.
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TRAZEMOS
DENTRO DE NÓS
UM TESOURO INTERIOR

Quando nos referimos à interioridade, estamos a aludir à capacidade do ser humano de pôr perguntas e procurar descobrir o sentido da existência. O ser humano tem a capacidade de mergulhar na existência e descobrir significados cada vez mais profundos, e com isso moldar as escolhas que faz e o modo de lidar consigo próprio, com os outros, com o mundo e com Deus – o transcendente.

A INTERIORIDADE
É O LUGAR ONDE SE DESCOBREM OS NÍVEIS MAIS PROFUNDOS
DA EXISTÊNCIA
Em cada indivíduo, a interioridade é comparável às raízes de uma árvore.
Não são a parte mais visível, mas a sua função é essencial: captam do solo a água e os nutrientes necessários à subsistência da planta e dão-lhe consistência para que não fique à mercê dos ventos e das vicissitudes a que está sujeita à superfície.
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EDUCAR
A CONSCIÊNCIA
E A ATENÇÃO
A CONSCIÊNCIA É A PERCEÇÃO

A atenção é o cuidado de mim, do outro, da criação; é o movimento de partir em direção ao outro, de receber o seu apelo, de sentir a sua humanidade partilhada e ter o impulso de me relacionar com bondade com o outro.

Este primeiro objetivo da EI situa-se no campo do autoconhecimento.

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1. NÃO ENTENDEMOS SE NÃO EXPERIMENTARMOS INTERIORMENTE

As crianças e adolescentes percebem experimentando que as diferentes áreas da sua pessoa – física, relacional, emocional, intelectual e espiritual – não são compartimentos estanques, mas todos estão absolutamente inter-relacionados.

A EI favorece a cultura do “passar por”, do “experimentar”, mas nem tudo o que experimentamos se transforma em experiência. Isso só acontece quando a experiência desperta em nós a capacidade de nos interrogarmos.

2. PROCURAR PALAVRAS PARA DIZER MELHOR O QUE SENTIMOS E VIVEMOS

Em EI usamos a palavra “experiência” como sinónimo de ação (relação, encontro, descoberta) que produziu no nosso interior novos sentimentos, atitudes ou valores.

Depois da experiência e a par da experiência, a reflexão a que a criança/o jovem é conduzido ilumina, situa e ajuda a encontrar palavras para exprimir essa experiência. O que é que se ganha com isto? uma maior riqueza no seu diálogo interior e com os outros e a capacidade de uma comunicação a um nível mais profundo.

PARA QUÊ A
EDUCAÇÃO DA INTERIORIDADE?
O principal propósito é a abertura ao transcendente – terceira dimensão da EI. Para isso, não há técnicas, mas sim propostas de experiência pessoal, vividas em grupo, que conduzem cada um ao seu ritmo e em total respeito pela sua liberdade e individualidade.
 
Todas as dinâmicas das primeiras duas dimensões – trabalho corporal e integração emocional – são o modo de preparar essa abertura ao transcendente.
A EDUCAÇÃO
DA INTERIORIDADE
TRABALHA
TRÊS DIMENSÕES
1. NÃO TENHO UM CORPO, SOU UM CORPO

Para a dinâmica corporal, usamos técnicas que provêm do Yoga e do Mindfulness.
O Yoga potencia o equilíbrio físico-motor e unifica o corpo com a dimensão interior da pessoa; o Mindfulness trabalha a atenção plena.

São práticas valiosas em si mesmas, que também preparam e habilitam para as etapas seguintes.

O que propomos são exercícios de:

  • respiração consciente
  • relaxamento ativo e passivo
  • apropriação do mundo através dos sentidos
  • consciência e expressão corporal e facial (mímica)
  • trabalho de voz e fala
  • massagem
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2. QUEM SOU EU QUANDO NINGUÉM ESTÁ A VER?

As pessoas mais céticas deste trabalho da interioridade apontam como crítica que a pessoa se volta apenas para si própria e que esse olhar excessivamente interior leva a ignorar ou a desprezar o outro.

Mas nós não achamos. Há um movimento vital entre interior e exterior, que tem como frutos mais imediatos a confiança em si próprio e o reconhecimento da bondade e da beleza em si mesmo e nos outros.

Esta é a base de uma dinâmica de integração emocional, que contribui para sermos pessoas mais compassivas, atentas e disponíveis para o outro.

Estes processos desenvolvem-se sobretudo através de:

  • registos pessoais usando diferentes técnicas
  • visualizações
  • meditação guiada
  • arte-terapia – modelações, colagens, construções em papel ou com elementos da natureza
3. SOU HABITADO POR ALGO QUE ME TRANSCENDE

A experiência interior de encontro de cada um consigo próprio é motivada por experiências de silêncio, por dinâmicas de admiração estética e por exercícios de contemplação e meditação.

Nesta dimensão, a EI propõe espaços e tempos que promovem a abertura à Transcendência no coração de cada um, e procuram:

  • fazer emergir perguntas de sentido ético, sobre o sentido ou o valor da vida
  • com a máxima liberdade e o máximo respeito, acompanhar o caminho pessoal que cada um percorre.
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UMA VISÃO
INTEGRADA
DO CRESCIMENTO

As sessões são orientadas por Professores e outros Especialistas que fizeram a Pós-Graduação em Educação da Interioridade na Universidade de La Salle-Madrid entre 2018 e 2023, continuando este ano letivo (2023-24) a formação em Portugal, sempre orientada pela Professora Elena Andrés.

As dinâmicas são construídas em conjunto com a equipa de ano, de forma a integrar a dinâmica de aprendizagem que os grupos atravessam em cada momento e por isso contam com a presença dos PT de cada grupo.

Decorrem em grupo S ou M, em diferentes espaços, em função da dinâmica a desenvolver, e duram o equivalente a um tempo letivo, a cada 2 ou 3 semanas.