Não podemos responder aos problemas de hoje
com as respostas de ontem.
Tomamos como nossos os desígnios de Pedro Arrupe, com os quais queremos marcar a vida dos nossos alunos, dando-lhes as ferramentas para que sejam protagonistas competentes e conscientes na construção de um mundo mais justo.
A escola que queremos para o futuro assenta em paradigmas que resistiram ao tempo e persistem nos dias de hoje com novas roupagens. A aliança entre os saberes, a educação dos afetos, o sentido social das aprendizagens, a corresponsabilidade pela preservação do planeta, a literacia do Oceano, o pensamento crítico, a cooperação, o valor da liderança e a promoção da justiça, ao serviço dos seres humanos, em particular dos mais desprotegidos, são conceitos basilares, ontem como hoje, e independentes daquilo que o futuro poderá pedir a cada um dos nossos alunos.
JARDIM DE INFÂNCIA
10 Educadoras, 13 Auxiliares de Educação e 2 Profs de Expressão Musical e Físico-motora.
Total: 25
1º CICLO
25 Profs Titulares, 9 Profs de outras áreas
Total: 34
2º, 3º E SECUNDÁRIO
96 Profs
Total: 96
CAA (Centro de Apoio à Aprendizagem):
4 Profs de Educação Especial, 3 Psicólogos, 2 Psicomotricistas, 3 Terapeutas da Fala, 1 Terapeuta ocupacional, 2 Auxiliares de Ed. Especial
Total: 15
Total: 170
Tomando por base as orientações curriculares para a educação pré-escolar, trabalhamos um Currículo Emergente que assenta num trabalho colaborativo entre crianças e adultos educadores. Como verdadeira comunidade de aprendizagem, acreditamos que o exercício democrático da vida em grupo na sala e no contexto escolar é uma poderosa ferramenta de crescimento pessoal e social, que permite educar o olhar da criança. Todos os alunos são alvo de uma escuta e olhar atento para as suas capacidades emergentes e o seu grau de competência em evolução. Deste modo todos são suporte e andaime para os demais, promovendo um sentimento de competência que se contagia e que os potencia.
O trabalho de autonomia e corresponsabilidade decorre da partilha do poder e do crescente compromisso social (de serviço e de intervenção no mundo). Para isso, implicamos cada aluno nos processos de planificação e avaliação dos processos pedagógicos.
O recurso à metodologia de trabalho por projetos promove a transferência de circuitos de aprendizagem e conceitos teórico-práticos relevantes e funcionais para se esclarecerem acerca do mundo que os rodeia. Sempre de forma transdisciplinar, de acordo com interesses próprios e veiculados pelo grupo, com um sentido critico e um olhar curioso para o que os rodeia e uma necessidade de responder aos desafios que o mundo lhes propõe. Esta aprendizagem experimental e significativa é a que mais para perdura no tempo e os faz progredir com mais segurança para etapas de desenvolvimento cognitivo superiores.
Promovemos experiências reais de serviço comunitário e uma verdadeira educação para os valores cívicos e morais onde as inteligências emocional e social são postas à prova e ganham estrutura ao mesmo tempo que estimulam uma maior aceitação de si próprios e uma melhor relação e respeito pelos outros.
A formalização do processo de aprendizagem que se inicia no 1º ciclo marca uma nova etapa na vida das crianças. A abertura a novas áreas disciplinares responde à procura ávida, nesta fase da vida, de conhecimentos e saberes e incentiva à apropriação e descoberta do mundo que progressivamente se vai tornando mais próximo. As opções didáticas assumidas no 1º ciclo procuram por isso estimular nos nossos alunos a inquietação, a curiosidade e a abertura ao que os rodeia.
Este processo materializa-se numa dinâmica própria, partindo de:
- Agrupamento flexível dos alunos, associados a uma equipa de professores.
- Promoção do trabalho cooperativo.
- Alunos conscientes e envolvidos no seu processo de aprendizagem.
- Lógica integradora e interdisciplinar do currículo e do processo de aprendizagem.
- Professor, como tutor, sendo um facilitador do processo de aprendizagem.
Sendo um ciclo com quatro anos de escolaridade, os pressupostos da segunda fase do 1º ciclo, 3º e 4º ano, apresenta algumas especificidades, nomeadamente o recurso a dispositivos digitais como ferramenta de apoio ao processo de aprendizagem.
A abertura e disponibilidade para acolher desafios são características presentes no pré-adolescente (10-12 anos). Importa por isso valorizar e enquadrar a adesão, geralmente entusiasta e generosa, às propostas de aprendizagem em iniciativas acompanhadas pela equipa pedagógica, mas desenvolvidas pelos próprios alunos, que ganham neste ciclo a possibilidade de darem um passo mais consistente no desenvolvimento da sua autonomia.
Para isso, é essencial que o aluno aprenda a aprender e possa ir assumindo gradualmente a responsabilidade da sua própria formação, sendo capaz de reconhecer e superar os obstáculos ao seu crescimento. Neste sentido, o professor deve partilhar a convicção dessa possibilidade e as vias para a rentabilização máxima dos seus dons, tarefa que será facilitada com o estabelecimento duma relação entre professor e aluno, próxima e personalizada.
A utilização das tecnologias de informática e comunicação ao serviço de uma organização pedagógica com estas característica potencia uma maior diversidade de recursos de aprendizagem, novas possibilidades de comunicação entre professores e alunos e entre pares, nomeadamente nos processos de feedback avaliativo e na autorregulação das aprendizagens por parte dos alunos. Por isso recorremos a dispositivos digitais (tablet) individuais como ferramenta do trabalho nos processos de ensino-aprendizagem.
A criação dum ambiente de trabalho de cooperação entre alunos mais e menos avançados, entre os alunos que têm maior predisposição para certas áreas disciplinares e os que têm para outras, em que o professor não é o único interveniente na aula, visa a promoção do desenvolvimento de práticas de diferenciação pedagógica, ajustando as aprendizagens ao ritmo, ao desejo pessoal, às características da sua personalidade e às limitações das suas capacidades naturais. Esta versatilidade é ampliada pela flexibilidade no agrupamento de alunos e na gestão dos horários e espaços de trabalho.
Este ciclo de escolaridade caracteriza-se pela transição gradual, mas definitiva, para a adolescência. As profundas alterações que se registam a nível físico, emocional e intelectual requerem por parte dos educadores e das famílias uma escuta paciente e um olhar atento.
É nesta fase do crescimento que ganham forma e visibilidade as opções pessoais, nas várias dimensões do ser humano: da escolha dos amigos à escolha do modo de vida, do modo de estar na escola ao modo de estar nos tempos livres, da definição de prioridades à definição de valores, do entendimento do eu ao entendimento do outro, da noção de humano à noção de divino.
É no 3º CEB que a dimensão académica se reforça, por força da crescente autonomia do aluno e de uma progressiva consciência do papel que é chamado a assumir na definição do seu futuro. Nesta perspetiva, ganha primordial importância uma preparação robusta para o Ensino Secundário, assente na definição, por parte do aluno, das suas opções académicas, a partir do conhecimento experiencial das áreas de estudo.
O diagnóstico das competências e capacidades na entrada do ciclo, o discernimento vocacional e a potenciação de capacidades assumem-se como propósitos do 3º CEB.
Os dispositivos digitais permanecem como ferramenta de trabalho no desenvolvimento da aprendizagem.
A chegada ao ensino secundário traz novos desafios, constituindo-se como uma etapa repleta de experiências novas, associada a uma crescente maturidade e autonomia do aluno. Este é o momento em que o aluno começa a considerar seriamente o que deseja ser no futuro e a assumir uma maior responsabilidade na sua aprendizagem. Pressupõe-se, deste modo, que se mostre mais proativo no que respeita ao conhecimento, procurando, por si próprio, informação adicional sobre os temas lecionados, de forma a desenvolver o pensamento crítico e a capacidade de articulação de saberes.
A dimensão académica ganha uma especificidade que pretende ir ao encontro das pretensões vocacionais de cada aluno, possibilitando, no entanto, diferentes combinações disciplinares que se enquadrem também nas suas aptidões e gostos pessoais.
As competências desenvolvem-se de modo transdisciplinar, sendo o maior desafio ajudar os alunos a aprender de forma reflexiva e autocrítica e a acederem a instrumentos que os ajudem a tornar-se mais competentes, criativos e inovadores. Também por isso, o uso generalizado de ferramentas digitais permite contemplar e desenvolver potencialidades no domínio da aprendizagem, contribuindo para alargar novos horizontes a uma escala mais diversificada.
O percurso escolar é orientado pela equipa pedagógica que acompanha o trabalho disciplinar do aluno, mas também outras dimensões relevantes da sua formação, em articulação com o professor tutor, que estabelece a ligação entre a escola e as famílias.