O nosso modelo
de organização educativa

Não podemos responder aos problemas de hoje
com as respostas de ontem.

Pedro Arrupe
OS PRINCÍPIOS
QUE NOS ORIENTAM

Tomamos como nossos os desígnios de Pedro Arrupe, com os quais queremos marcar a vida dos nossos alunos, dando-lhes as ferramentas para que sejam protagonistas competentes e conscientes na construção de um mundo mais justo.
A escola que queremos para o futuro assenta em paradigmas que resistiram ao tempo e persistem nos dias de hoje com novas roupagens. A aliança entre os saberes, a educação dos afetos, o sentido social das aprendizagens, a corresponsabilidade pela preservação do planeta, a literacia do Oceano, o pensamento crítico, a cooperação, o valor da liderança e a promoção da justiça, ao serviço dos seres humanos, em particular dos mais desprotegidos, são conceitos basilares, ontem como hoje, e independentes daquilo que o futuro poderá pedir a cada um dos nossos alunos.

O PERFIL DE
PESSOA
QUE NOS PROPOMOS EDUCAR
OS NOSSOS
8 ESSENCIAIS
ALUNO NO CENTRO
Todas as decisões organizativas e pedagógicas concorrem para que o aluno tenha um papel ativo na concretização da sua aprendizagem e uma maior consciência da sua intervenção neste processo.
CODOCÊNCIA
Presença de mais de um professor na gestão das aprendizagens na sala de aula, sustentada no apoio mútuo em todas as áreas do conhecimento.
AVALIAÇÃO AO SERVIÇO DA APRENDIZAGEM
Adoção de processos avaliativos centrados na sua dimensão formativa e formadora, valorizando competências, conhecimentos e atitudes, e envolvendo o aluno em processos de autorregulação, com vista ao desenvolvimento da sua capacidade de refletir e melhorar.
EQUIPAS PEDAGÓGICAS
Constituição de um grupo de professores responsável pelos alunos de um ano de escolaridade, que em conjunto planifica, acompanha e delibera sobre o desenvolvimento das aprendizagens.
METODOLOGIAS ATIVAS
Promoção de estratégias de intervenção que mobilizem os alunos para aprendizagens relevantes, a partir de experiências significativas, com a integração de recursos tecnológicos como ferramentas de trabalho e a flexibilidade na utilização dos espaços e do agrupamento dos alunos.
TUTORIA
Acompanhamento personalizado e próximo de um grupo reduzido de alunos, num período alargado do tempo semanal, promovendo o desenvolvimento da capacidade de reflexão, da interioridade e da espiritualidade, estreitando a colaboração entre a escola e a família.
COOPERAÇÃO
Modo de trabalho privilegiado dos professores e dos alunos, com vista à construção participada e implicada dos percursos de aprendizagem, aprendendo com os outros e para os outros.
INTERDISCIPLINARIDADE
Organização flexível do currículo, com integração de diferentes áreas do saber, selecionando e priorizando conteúdos com vista ao desenvolvimento de aprendizagens significativas.
ANCORAR
Momentos de paragem e reflexão no início / fim de dia
Conteúdo
Foco
Definição
ROTEIROS INTERDISCIPLINARES
Guiões de aprendizagem que articulam os conteúdos disciplinares numa narrativa que remete para o contexto real, dando significado às aprendizagens.
Centrado na construção e aplicação de conhecimentos, com a integração de competências transversais
Decisão dos professores com a possibilidade de participação dos alunos
TRABALHO DISCIPLINAR
Complemento e reforço das aprendizagens desenvolvidas nos roteiros interdisciplinares.
Centrado na definição de conceitos e síntese de conteúdos específicos de cada disciplina
Decisão dos professores
PROJETOS TRANSVERSAIS
Mobilização de conhecimentos e competências num período temporal definido, em torno de um tema e com vista à elaboração de um produto final.
Centrado no desenvolvimento de competências transversais
Decisão dos alunos e professores
TEMPO DE TRABALHO AUTÓNOMO
Tempo semanal em que o aluno define os objetivos de recuperação / desenvolvimento e regula a evolução do seu trabalho.
GESTÃO FLEXÍVEL DO AGRUPAMENTO E TRABALHO COM ALUNOS
DOCUMENTAÇÃO
PROJETO EDUCATIVO - PLANO ACADÉMICO
CORPO DOCENTE

JARDIM DE INFÂNCIA
10 Educadoras, 13 Auxiliares de Educação e 2 Profs de Expressão Musical e Físico-motora.
Total: 25

1º CICLO
25 Profs Titulares, 9 Profs de outras áreas
Total: 34

2º, 3º E SECUNDÁRIO
96 Profs
Total:
96

CAA (Centro de Apoio à Aprendizagem):
4 Profs de Educação Especial, 3 Psicólogos, 2 Psicomotricistas, 3 Terapeutas da Fala, 1 Terapeuta ocupacional, 2 Auxiliares de Ed. Especial
Total: 15

Total: 170

PROJETO POR CICLO
JARDIM DE INFÂNCIA

Como se aprende no Jardim de Infância? (entre os 3 e os 5 anos)

Tomando por base as orientações curriculares para a educação pré-escolar, trabalhamos um Currículo Emergente que assenta num trabalho colaborativo entre crianças e adultos educadores. Como verdadeira comunidade de aprendizagem, acreditamos que o exercício democrático da vida em grupo na sala e no contexto escolar é uma poderosa ferramenta de crescimento pessoal e social, que permite educar o olhar da criança. Todos os alunos são alvo de uma escuta e olhar atento para as suas capacidades emergentes e o seu grau de competência em evolução. Deste modo todos são suporte e andaime para os demais, promovendo um sentimento de competência que se contagia e que os potencia.

O trabalho de autonomia e corresponsabilidade decorre da partilha do poder e do crescente compromisso social (de serviço e de intervenção no mundo). Para isso, implicamos cada aluno nos processos de planificação e avaliação dos processos pedagógicos.

O recurso à metodologia de trabalho por projetos promove a transferência de circuitos de aprendizagem e conceitos teórico-práticos relevantes e funcionais para se esclarecerem acerca do mundo que os rodeia. Sempre de forma transdisciplinar, de acordo com interesses próprios e veiculados pelo grupo, com um sentido critico e um olhar curioso para o que os rodeia e uma necessidade de responder aos desafios que o mundo lhes propõe. Esta aprendizagem experimental e significativa é a que mais para perdura no tempo e os faz progredir com mais segurança para etapas de desenvolvimento cognitivo superiores.

Promovemos experiências reais de serviço comunitário e uma verdadeira educação para os valores cívicos e morais onde as inteligências emocional e social são postas à prova e ganham estrutura ao mesmo tempo que estimulam uma maior aceitação de si próprios e uma melhor relação e respeito pelos outros.

Projeto educativo - Plano Académico

1º CICLO

Como se aprende no 1ºCEB? (6 - 9 anos)

A formalização do processo de aprendizagem que se inicia no 1º ciclo marca uma nova etapa na vida das crianças. A abertura a novas áreas disciplinares responde à procura ávida, nesta fase da vida, de conhecimentos e saberes e incentiva à apropriação e descoberta do mundo que progressivamente se vai tornando mais próximo. As opções didáticas assumidas no 1º ciclo procuram por isso estimular nos nossos alunos a inquietação, a curiosidade e a abertura ao que os rodeia.

Este processo materializa-se numa dinâmica própria, partindo de:
- Agrupamento flexível dos alunos, associados a uma equipa de professores.
- Promoção do trabalho cooperativo.
- Alunos conscientes e envolvidos no seu processo de aprendizagem.
- Lógica integradora e interdisciplinar do currículo e do processo de aprendizagem.
- Professor, como tutor, sendo um facilitador do processo de aprendizagem.

Sendo um ciclo com quatro anos de escolaridade, os pressupostos da segunda fase do 1º ciclo, 3º e 4º ano, apresenta algumas especificidades, nomeadamente o recurso a dispositivos digitais como ferramenta de apoio ao processo de aprendizagem.

Projeto educativo - Plano Académico

2º CICLO

Como se aprende no 2º Ciclo? (10 - 11 anos)

A abertura e disponibilidade para acolher desafios são características presentes no pré-adolescente (10-12 anos). Importa por isso valorizar e enquadrar a adesão, geralmente entusiasta e generosa, às propostas de aprendizagem em iniciativas acompanhadas pela equipa pedagógica, mas desenvolvidas pelos próprios alunos, que ganham neste ciclo a possibilidade de darem um passo mais consistente no desenvolvimento da sua autonomia.

Para isso, é essencial que o aluno aprenda a aprender e possa ir assumindo gradualmente a responsabilidade da sua própria formação, sendo capaz de reconhecer e superar os obstáculos ao seu crescimento. Neste sentido, o professor deve partilhar a convicção dessa possibilidade e as vias para a rentabilização máxima dos seus dons, tarefa que será facilitada com o estabelecimento duma relação entre professor e aluno, próxima e personalizada.

A utilização das tecnologias de informática e comunicação ao serviço de uma organização pedagógica com estas característica potencia uma maior diversidade de recursos de aprendizagem, novas possibilidades de comunicação entre professores e alunos e entre pares, nomeadamente nos processos de feedback avaliativo e na autorregulação das aprendizagens por parte dos alunos. Por isso recorremos a dispositivos digitais (tablet) individuais como ferramenta do trabalho nos processos de ensino-aprendizagem.

A criação dum ambiente de trabalho de cooperação entre alunos mais e menos avançados, entre os alunos que têm maior predisposição para certas áreas disciplinares e os que têm para outras, em que o professor não é o único interveniente na aula, visa a promoção do desenvolvimento de práticas de diferenciação pedagógica, ajustando as aprendizagens ao ritmo, ao desejo pessoal, às características da sua personalidade e às limitações das suas capacidades naturais. Esta versatilidade é ampliada pela flexibilidade no agrupamento de alunos e na gestão dos horários e espaços de trabalho.

Plano disciplinar do 2º ciclo
5º Ano 6º Ano 2º ciclo
TR(1) TD(2) Total TR(1) TD(2) Total Total
Línguas e Estudos Sociais 575 575 1150
Português 150 100 250 150 100 250 500
Inglês 100 75 175 100 75 175 350
História e Geo de Portugal 150 150 300 150 150 300 600
Matemática e Ciências 400 400 800
Matemática 100 150 250 100 150 250 500
Ciências Naturais 150 150 150 150 300
Educação Artística e Tecnológica 325 325 650
Educação Visual e Tecnológica 175 175 175 175 350
Educação Musical 50 50 50 50 100
Tecnologias Infor. Comunicação 50 50 50 50 100
Educação Física 150 150 150 150 300
Religião 50 50 50 50 100
Formação Humana 50 50 50 50 100
Tempo Trabalho Autónomo 100 100 100 100 200
1100 550 1650 1100 550 1650 3300
(1)Trabalho de Roteiro; (2)Trabalho disciplinar

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3º CICLO

Como se aprende no 3º Ciclo? (12 - 14 anos)

Este ciclo de escolaridade caracteriza-se pela transição gradual, mas definitiva, para a adolescência. As profundas alterações que se registam a nível físico, emocional e intelectual requerem por parte dos educadores e das famílias uma escuta paciente e um olhar atento.

É nesta fase do crescimento que ganham forma e visibilidade as opções pessoais, nas várias dimensões do ser humano: da escolha dos amigos à escolha do modo de vida, do modo de estar na escola ao modo de estar nos tempos livres, da definição de prioridades à definição de valores, do entendimento do eu ao entendimento do outro, da noção de humano à noção de divino.

É no 3º CEB que a dimensão académica se reforça, por força da crescente autonomia do aluno e de uma progressiva consciência do papel que é chamado a assumir na definição do seu futuro. Nesta perspetiva, ganha primordial importância uma preparação robusta para o Ensino Secundário, assente na definição, por parte do aluno, das suas opções académicas, a partir do conhecimento experiencial das áreas de estudo.

O diagnóstico das competências e capacidades na entrada do ciclo, o discernimento vocacional e a potenciação de capacidades assumem-se como propósitos do 3º CEB.

Os dispositivos digitais permanecem como ferramenta de trabalho no desenvolvimento da aprendizagem.

Plano disciplinar do 3º ciclo
7º Ano 8º Ano 9º Ano
Semana Tempo de Roteiro Semana Tempo Disciplinar
TR TD Total TR TD Total TR TD Total TR TD Total 3º CEB
Português 100 100 200 100 100 200 100 100 200 50 150 200 600
Línguas Estrangeiras 250 250 250 250 750
Inglês 50 100 150 50 100 150 50 100 150 50 100 150 450
Espanhol / Francês 0 100 100 0 100 100 0 100 100 0 100 100 300
Ciências Sociais e Humanas 250 250 250 200 450
História 100 0 100 100 0 100 100 0 100 25 50 75 300
Geografia 100 0 100 100 0 100 100 0 100 25 50 75 300
Matemática 50 150 200 50 150 200 50 150 200 0 200 200 600
Ciências Físico-Naturais 250 250 250 250 750
Ciências Naturais 75 50 125 75 50 125 75 50 125 25 100 125 375
Físico-Química 75 50 125 75 50 125 75 50 125 25 100 125 375
Educação Artística e Tecnológica 205 205 205 175 615
Educação Visual 125 50 175 125 50 175 125 50 175 125 50 175 525
TIC 30 0 30 30 0 30 30 0 30 0 0 0 90
Educação Física 0 150 150 0 150 150 0 100 100 0 100 100 400
Religião 75 0 75 75 0 75 75 0 75 75 0 75 225
Formação Humana 50 0 50 50 0 50 50 0 50 50 0 50 150
Tempo Trabalho Autónomo 100 100 100 100 300
830 750 1650 800 750 1650 800 750 1650 450 1000 1550 450

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SECUNDÁRIO

Como se aprende no Ensino Secundário? (15 - 17 anos)

O Colégio Pedro Arrupe propõe um novo modelo curricular para o Ensino Secundário, superando limitações da atual estrutura de cursos e promovendo percursos mais autónomos e personalizados, sem comprometer o acesso ao ensino superior.

Objetivos

1. Diversificar a oferta a partir do 10.º ano, para ir ao encontro dos interesses dos alunos
2. Flexibilizar o desenho curricular, permitindo a permeabilidade até ao 11.º ano
3. Libertar a progressão de constrangimentos devidos à mudança de “curso”
4. Abrir a possibilidade de as opções mais vinculativas só se concretizarem no 11.º ano
5. Reequilibrar a carga horária de trabalho no 12ºano, desproporcional em relação 10º e 11º anos
6. Reforçar a importância do Projeto como espaço de desenvolvimento de áreas de interesse pessoal em articulação com a comunidade profissional/empresarial

Metas a prosseguir

1. Consolidar o Secundário como um tempo para reforçar a autonomia e a responsabilização do aluno na implicação com o seu próprio processo de aprendizagem
2. Ampliar a estrutura do plano de estudo às escolhas mais diversificadas de disciplinas e ritmos de aprendizagem que são visíveis num número cada vez mais significativo de alunos
3. Reforçar o desenvolvimento de competências transversais por meio de novos formatos de articulação curricular
4. Criar novas oportunidades de desenvolvimento de estudos pela abertura à comunidade laboral (empresas, indústria, investigação,…)

Articulação curricular

A articulação curricular é um dos pilares do nosso Projeto Educativo. No Secundário, concretiza-se essencialmente através de duas modalidades de aprendizagem:

1. Projeto interdisciplinar – ocupa 2 tempos semanais, segundo uma Metodologia PBL, com mobilização das A.E. de todas as disciplinas
2. Tempo de Trabalho Autónomo – ocupa igualmente 2 tempos semanais, com Tutoria dos Professores, durante o qual o aluno tem a possibilidade de planificar o seu tempo de trabalho de acordo com as suas necessidades de desenvolvimento

Relacionamento com a comunidade

A introdução de uma matriz curricular mais flexível traz consigo um conjunto de novas possibilidades de desenvolvimento, algumas das quais já implementadas, mas que pretendemos ampliar e reforçar, entre as quais:
1. A interação com organizações e entidades externas, que proporciona a abertura de novos horizontes aos alunos
2. O estabelecimento de parcerias com o mundo laboral, de investigação e de solidariedade social, que permite o desenvolvimento de projetos articulados com as áreas de estudo dos alunos
3. A mentoria por parte de profissionais de diferentes áreas, que potencia o desenvolvimento de novas competências e da melhoria da qualidade dos projetos.

Matriz curricular para o Secundário
Formação Disciplina 10º Ano 11º Ano 12º Ano Créditos
Componente Formação Geral Português 200 200 250 6
Inglês 100 100 - 4
Filosofia 175 175 - 4
Educação Física 125 125 150 6
Projeto - 100 100 2
Matemática Geral (Literacia Financeira) 250 - - 2
Opções (a) Disciplinas Anuais/Trienais História Geral* 200 - - 2
Desenho Geral* 200 - - 2
Matemática A - 300 350 4
Desenho A - 300 300 4
História A - 300 300 4
Opções (b) (10º e 11º ano ou 11º e 12º ano) Disciplinas Bienais Biologia e Geologia 300 250 - 4
Física e Química A 250 300 - 4
Economia A; História da cultura e das Artes; Literatura Portuguesa 250 200 - 4
Geografia A; Geometria Descritiva A 250 200 - 4
História B - 250 - 2
MACS; Matemática B - 250 - 2
Opções (c) (10º ou 12º ano) Disciplinas Anuais Aplicações Informáticas B; Ciência Política; Oficina de Artes; Oficina Multimédia B; Psicologia B - - 150 2
Opções (d) (12º ano) Disciplinas Anuais Biologia; Economia C; Filosofia A; Física; Geografia C; Inglês; Química - - 150 2
Oferta de Escola Tempo de Trabalho Autónomo 100 100 100 0
Religião 50 50 100 0
* A frequência das disciplinas de História Geral ou Desenho geral é obrigatória para o aluno se inscrever nas disciplinas de História A e B, ou Desenho A, no 11º ano, respetivamente. A aprovação nas disciplinas de Matemática Geral, História Geral ou Desenho Geral, no 10º ano, é equivalente à aprovação numa disciplina de opção anual, caso o aluno decida não continuar a frequentar as disciplinas, no 11º ano, de Matemática A, B e MACS, História A e B, ou Desenho A, respetivamente.

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