A Esperança não parece estar na moda. Dirão alguns que é coisa de ingénuos, de quem acredita em fadas ou que ignora o mundo real em que vive. Como se o pessimismo ou o “desgracismo” fosse o modo mais ajustado de interpretar o mundo. É verdade que as tensões e a polarização estão presentes. É verdade que as guerras, a violência, a mediocridade, o medo e a destruição insistem em ter a última palavra nas relações entre países, líderes e povos. A verdade e a ilusão parecem fundir-se num só aspeto, promovendo a confusão. Também é verdade que, no nosso dia a dia, resmungar, iludir, dizer mal e condenar parecem ser a forma ajustada de “vencer e estar” neste lugar.
O mundo pode apresentar sinais de confusão. Mas continuaremos sempre a precisar de uma promessa. Precisamos de uma promessa dentro das nossas casas, nas nossas famílias, no nosso trabalho, nas ruas, nas diferentes comunidades a que pertencemos, em lugares distantes e noutros países. Mas qual promessa?
A Esperança não nos confunde nem nos quer enganar. Talvez seja uma das nossas maiores urgências neste tempo que nos foi dado a viver: converter o nosso olhar pessimista num olhar de Esperança. E se temos dúvidas sobre qual a promessa em que devemos colocar a nossa Esperança, então que seja nesse mistério maior de que o nosso coração foi inundado de um Amor incondicional e do qual necessitamos para conseguir navegar na visão do mundo inicialmente apresentada.
Assim, este é o tempo oportuno para converter o olhar. Daqui surgirão novas atitudes, a concretização de tantos propósitos, o fim do adiamento daquilo que é urgente fazer. O desafio da Quaresma pretende ajudar a preparar esse caminho para a notícia transformadora do mundo que a Páscoa cristã contém: o mal e a destruição não têm a última palavra sobre a Vida. Saibamos visitar os nossos dias e identificar os sinais de Esperança que lá se encontram, desde que acordamos até deitar. Talvez até reconheçamos que o pessimismo não é sinónimo de realismo.
Ao longo destas semanas, desejamos ser sinal de Esperança junto das famílias do Bairro da Fonte da Prata.
Este bairro multicultural, com cerca de 200 famílias apoiadas pela Fundação Santa Rafaela Maria conta connosco para acreditar que um outro futuro é possível. Queremos fazer crescer este donativo mas para isso precisamos de todos, todos, todos.
Venham ter connosco, acompanhem os vossos filhos nos diferentes momentos para viver esta Quaresma no colégio ou em casa (Oração em Família, Tempo +) e participem ativamente nesta Campanha até ao dia 4 de abril.
Desejamos a cada aluno, família, professor e não docente, uma boa preparação para a Páscoa.
A Pastoral e Capelania
